Atrações que vem do lixo (ou Eu não devo nada à ninguém): os curta-metragens de Lincoln Péricles

Texto orginalmente publicado na Edição 3 (out/2020) da Revista MNemocine, disponível para acesso aqui. Rubens Fabricio Anzolin*Dedico este ensaio à Valéria,pela inestimável ajuda na feitura deste texto;E ao Roberto, por apresentar-me a esses filmese pelo compartilhamento de suas ideias em textos e catálogosacerca desta obra tão especial. I Não-reconciliado (ou A violência de um autor …

Destruir a cidade, construir fortalezas | Olhar de Cinema #4

Mesmo depois de ter atravessado Canto dos Ossos (Jorge Polo e Petrus de Bairros, 2020) e Sertânia (Geraldo Sarno, 2020) - dois dos filmes que mais me moveram para lugares distintos entre as rachaduras a hachuras do cinema brasileiro -, a primeira imagem do 9° Olhar de Cinema que surgirá em minha cabeça, passados os …

O abismo das alianças, o mundo em catacumbas | Olhar de Cinema #1

Antes mesmo de assistir ao filme de abertura da 9° edição do Olhar de Cinema fui atacado por uma curiosidade latente: a presença de dois dos profissionais mais qualificados do cinema contemporâneo na equipe técnica - o fotógrafo Leonardo Feliciano (de Branco Sai Preto Fica, Arábia, Baixo Centro) e o técnico de som Vasco Pimentel …

Caos é ordem por decifrar | Curadoria Impossível #1

O cinema brasileiro carece de uma missão importantíssima: redescobrir os filmes de Debora Waldman. Cineasta de apenas dois curta-metragens, Waldman representa uma faísca cintilante no cenário nacional dos anos 90, marcado pelo desmonte e a consequente retomada das produções. De lá pra cá, muita coisa mudou e muitos outros cinemas estabeleceram-se no Brasil - muitos deles (arriscaria dizer, os mais interessantes e plurais) provenientes das regiões menos centralizadas do país.