Texto orginalmente publicado na Edição 3 (out/2020) da Revista MNemocine, disponível para acesso aqui. Rubens Fabricio Anzolin*Dedico este ensaio à Valéria,pela inestimável ajuda na feitura deste texto;E ao Roberto, por apresentar-me a esses filmese pelo compartilhamento de suas ideias em textos e catálogosacerca desta obra tão especial. I Não-reconciliado (ou A violência de um autor …
Um cinema desobediente: voz e corpo | Curadoria Impossível #2
A figura de Maria Bethânia é o fio condutor protagonista de dois curta-metragens que representam antíteses no fazer cinematográfico: Bethânia Bem de Perto (Julio Bressane e Lauro Escorel, 1966) e Ruína (Gabraz Sanna, 2016). Na verdade, falar em figura de Maria Bethânia seria uma simplificação, pois o que está em jogo nos dois filmes não é o que significa ou presentifica Bethânia em tela senão muito mais o que significa e presentifica o seu corpo (Bethânia Bem de Perto) e a sua voz (Ruína).
Caos é ordem por decifrar | Curadoria Impossível #1
O cinema brasileiro carece de uma missão importantíssima: redescobrir os filmes de Debora Waldman. Cineasta de apenas dois curta-metragens, Waldman representa uma faísca cintilante no cenário nacional dos anos 90, marcado pelo desmonte e a consequente retomada das produções. De lá pra cá, muita coisa mudou e muitos outros cinemas estabeleceram-se no Brasil - muitos deles (arriscaria dizer, os mais interessantes e plurais) provenientes das regiões menos centralizadas do país.
Depois da ressaca – +30 curta-metragens brasileiros da década (2010-2019)
No início do ano, postei aqui no site uma lista com 30 curta-metragens brasileiros possíveis para a década que passou. A lista era baseada não necessariamente naquilo que seriam os melhores filmes feitos - conceito logicamente subjetivo e pessoal. Acima de tudo, era uma lista de possibilidades. Escolhas pessoais, é claro - baseadas unica e …
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Um manifesto, nem isto – 30 curta-metragens brasileiros da década (2010-2019).
Bem, uma lista será sempre uma lista: pessoal e intransferível. Mutável, impermanente, destoante. Não sobrevive ao tempo, ao gosto, aos olhares. Nunca. Jamais. O que listo aqui, acima de tudo, são possibilidades. Possibilidades para um cinema brasileiro em curta-metragem. Possibilidades que vi (e falo só do que vi - na internet, em festivais, via links, …
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